Páginas

quinta-feira, 30 de junho de 2011

The Doors - Light My Fire

Good afternoon passengers, hoje, nesta noite fria aqui do sul, trago um The Doors com a esperança de que esse som esquente um pouco as coisas, pois essas noites frias de inverno merecem algo que as torne mais suportavel, talvez whiskey e The Doors resolvam as coisas.
Esta faixa quente, contida no primeiro álbum desta banda norte-americana, se inicia com uma introdução clássica dos órgãos de Ray Manzarek, que ao meu ver é uma linda introdução, e a faixa continua com os vocais inconfundíveis de Morrison a o som que acaba de mudar para uma pegada mais leve, meio embalada pelo Jazz, até que Morrison pede para "ela" (seja la quem for): "c'mon baby light my fire" e nesse decorrer a musica esquenta e entram logo na parte onde eu queria chegar.
Um Solo de órgão, que me deixou viciado desde a primeira vez que eu o ouvi. Ray Manzarek, que também faz ao mesmo tempo o baixo da musica (sim, se vocês não sabia, o The Doors não possuia baixista, a não ser em estúdio), usando arranjos meio que psicodélicos, mas ao mesmo tempo lembra levemente a menor harmônica do Flamenco, só que com um tom mais "primitivista", com a duração de aproximadamente 3 min. seguido de um solo de guitarra, esse que por sinal consegue ser mais primitivo, a ponto de lembrar algumas das empreitadas de Syd Barret (Pink Floyd) no "The Piper Gates Of Dawn".
Logo a musica volta ao seu estado "normal" e continua até a repetição dos arranjos de introduçao do órgão que a iniciam e finalizam neste mesmo clima.
Com este disco de estreia, o Doors estoura nos EUA e também na Inglaterra em pleno auge da cena psicodélica de Londres, que também iria fazer jus a cena hippie que viria logo após.


E deixo vocês com este grande clássico de 1967, até o próximo post.
Fui...

Seven Mary Three - Water's Edge

Eu não to muito legal hoje, então vou ser mais direto nesse post de hoje. Banda Post-Grunge dos anos 90 logo abaixo.



(Infelizmente, o vídeo-clipe dessa música não tinha a opção de incorporar do youtube, então eu coloquei uma versão ao vivo.)

Esse é o Seven Mary Three, uma banda Post-Grunge de Williamsburg, Virginia. Foi formada em 1992 pelos integrantes Jason Ross (vocalista) e Jason Pollock (guitarrista). Logo Casey Daniel (baixo) e Giti Khalsa (bateria) entram na formação. A música Water's Edge está presente como a Faixa 1 do álbum American Standard de 1995, e possui uma versão mais rústica no álbum anterior, Churn de 1994.

O som é Post-Grunge, mas agradou a alguns fãs do Grunge original. Talvez por causa do som bastante alternativo do quarteto, sem falar que fez um certo sucesso entre os Grunges remanescentes da década de 90. Não quero falar muito, pois a inspiração é pouca e eu não to muito de bom humor pra isso, portanto, procure a discografia e tire suas próprias conclusões.

Até o próximo post e desculpa se eu fui muito rude...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lycia - Broken Days (Especial Ethereal - Parte 3 - Final)

Lycia é uma banda de ethereal formada por Mike VanPorfleet, Tara Vanflower, David Galas e John Fair em 1988 no estado do Arizona, Estados Unidos. É uma das bandas de ethereal que mais abusa dos vocais líricos sussurrados e da sonoridade atmosférica, que é altamente introspectiva, juntamente com as letras que não deixam por menos.

A música é Broken Days do Álbum Tripping Back Into The Broken Days de 2002



Black Tape For a Blue Girl - Remnants Of a Deeper Purity (Especial Ethereal - Parte 2)

O Black Tape For a Blue Girl é uma banda de ethereal americana formada em 1986. Liderada por um empresário, dono do selo Projekt Records, Sam Rosenthal, que é o tecladista da banda e também a pessoa que escreve a maioria das letras. Os outros integrantes da banda vão mudando conforme o passar dos anos. Mesmo assim, outra integrante muito presente, é a cantora e flautista Lisa Feuer.

A música que escolhi é Remnants Of a Deeper Purity do álbum de mesmo nome, lançado em 1996



Dead Can Dance - Enigma Of The Absolute (Especial Ethereal - Parte 1)

Para compensar os dias que fiquei sem postar, dessa vez, vou fazer uma tríplice postagem especial. Sobre outro estilo musical pouco conhecido, o ethereal.

O ethereal é um estilo musical que agrega em si diversos ritmos: música erudita, folclórica, eletrônica e darkwave. Mas, não se limita a isso. Pode envolver outros ritmos ainda, e faz isso de uma maneira própria, não é apenas uma mistura desmedia de várias coisas. Música medieval junto à música erudita, ambas envolvidas por uma sonoridade atmosférica eletrônica, é um bom exemplo de música ethereal. Adicionando ainda letras intelectualizadas e bem introspectivas, algumas vezes baseadas até em obras literárias ou na história e cultura de algum país, cantadas em vocais líricos e meios sussurrados, como se estivessem a desvanecer. Ou seja, tudo isso torna a música etérea. E, portanto, a nomenclatura ethereal tem um sentido.

A primeira banda que escolhi para postar foi aquela que criou o estilo, o Dead Can Dance, formada em 1981 em Melbourne, na Austrália por Brendan Perry e Lisa Gerrard. Lançaram em 1985 o álbum Spleen and Ideal, que é o primeiro trabalho que podemos chamar de ethereal, pois tem várias das características que apontei acima. Só para constar, a rotulação só viria mais tarde, mas não vou tratar disso aqui.

A música é Enigma Of The Absolute do álbum Spleen and Ideal que eu citei acima.







Quem quiser mais informações sobre o estilo:

http://gothicground.com/materias/33575.php

Leia esse texto, o pouco que escrevi aqui foi baseado nele, é um texto muito bom.

Candlebox - Rain

Terça-Feira chuvosa aqui em Curitiba... Para os entediados, nada pra fazer em casa a não ser ouvir aquela música que você tanto gosta. Essa música aqui é ideal pra você que não tá fazendo nada em casa e quer se empolgar um pouco.



Esse é o Candlebox. Uma banda de Seattle, Washington que foi formada em 1991 pelo vocalista fã de Mother Love Bone Kevin Martin, o guitarrista fã de Blues e Hard Rock Peter Klett, o baixista cheio de Grooves Bardi Martin e o baterista fã de Jazz Scott Mercado. Tudo isso em meio a explosão do Grunge na época. O nome dessa música aí em cima é Rain e está presente no primeiro álbum deles, auto-intitulado. (Faixa 8.)

Bom, você, fã das bandas Grunge underground, pode não gostar muito dessa banda, talvez porque ela fez sucesso em 1994 com a música Far Behind (Que é uma bela homenagem a Andrew Wood, vocalista do Mother Love Bone e um dos ídolos de Kevin Martin) e só por que ela fez sucesso neste exato ano, ela é considerada uma banda Post-Grunge. Se a banda em si é Post-Grunge, Grunge ou não, só tenho a dizer que é uma banda muito foda! O motivo? A banda e seus integrantes tem estampado em suas testas que fazem parte desse rock sujo e fedido de Seattle.

E não é só isso, o Candlebox é uma banda de se elogiar por todas as suas músicas, pois os integrantes possuem influências diferentes: Desde o próprio Grunge até mesmo ao Hard Rock, passando por Blues e Jazz e até mesmo o Classic Rock.

Depois de três álbuns lançados nos anos 90 (Candlebox, 1993; Lucy, 1995; Happy Pills, 1998) sendo este último com as baterias gravadas por ninguém menos que Dave Krusen, responsável por gravar as 11 Faixas de Ten, o primeiro álbum dos veteranos Pearl Jam, o Candlebox encerra as atividades em 2000, só retornando em 2006 com a formação original e lançando Into The Sun dois anos depois da volta, em 2008. Acredito que a banda ainda esteja em turnê.

Enfim, aqui termina mais um post meu. Até o próximo!

Bob Dylan - Huricane

Bom dia passageiros (as) do Day’s Musik. Como sempre, peço desculpas do não ser possível no momento eu postar todos os dias, porem, talvez daqui algumas semanas, isto seja possível.

Hoje lhes trago uma canção polemica, do grande astro da musica Folk norte americana, Bob Dylan, mas, antes de deixar meus comentários, peço para que vocês ouçam esta musica, e acompanhem sua tradução:

Furacão

Tiros de revólver ressoam na noite dentro do bar

entra Patty Valentine vinda do salão superior

ela vê o garçon numa poça de sangue

solta um grito "Meu Deus, mataram todos eles!"

aí vem a história do Furacão,

o homem que as autoridades acabaram culpando

por algo que ele nunca fez.

colocando numa cela de prisão, mas houve um tempo

em que podia ter sido o campeão mundial


Três corpos deitados ali é o que Patty vê

e outro homem chamado Bello rodeando misteriosamente

"Eu não fiz isso"ele diz e joga os braços pra cima

"Estava só roubando a registradora , espero que você entenda.

"Eu os vi partindo" ele diz e pára

"É melhor um de nós ligar pros tiras"

e assim Patty chama os tiras

e eles chegam na cena com suas luzes vermelhas piscando

na noite quente de New Jersey


Enquanto isso, bem longe, em outra parte da cidade

Rubin Carter e uns dois amigos estão dando algumas voltas de carro.

O pretendente número um à coroa dos pesos-médios

não tinha idéia do tipo de merda que estava para baixar

quando um tira o fez parar no acostamento

igualzinho à vez anterior e à outra vez antes dessa

em Paterson é assim mesmo que as coisas rolam

se você é negro, melhor nem aparecer na rua

a não ser que queira atrair uma batida policial.


Alfred Bello tinha um parceiro e ele soltou um papo atrás dos tiras

Ele e Arthur Dexter Bradley estavam só fazendo uma ronda

Ele disse "Vi dois homens sairem correndo, pareciam pesos-médios

Pularam dentro de um carro branco com a placa de outro estado"

E a senhorita Patty Valentine apenas assentiu com a cabeça.

Um tira disse, "Esperem um minuto, rapazaes, este aqui não está morto"

Então o levaram à enfermaria

E embora esse homem mal pudesse enxergar

Disseram a ele que podia identificar os culpados.


As 4 da manhã eles arrastam Ruby consigo,

O levam para o hospital e o trazem escada cima

O homem ferido olha pra cima através de seu único olho moribundo

Diz, " Por que vocês o trouxeram aqui dentro? Não é esse o cara!"

Sim, eis aqui a história do Furacão,

O homem que as autoridades acabaram culpando

Por algo que ele nunca fez.

Colocando numa cela de prisão, mas houve um tempo

Em que podia ter sido o campeão mundial.


Quatro meses depois, os guetos estão em chamas,

Rubin está na América do Sul, lutando por seu nome

Enquanto Arthur Dexter Bradley continua no ramo do assalto

E os tiras estão apertando-o, procurando alguém pra culpar.

"Lembra daquele assassinato que aconteceu num bar?"

"Lembra que você disse ter visto o carro fugitivo?"

"Você acha que está a fim de brincar com a lei?"

"Não acha que talvez tenha sido aquele lutador que você viu correndo pela noite?"

"Não se esqueça de que você é branco"


Arthur Dexter Bradley disse "Não tenho muita certeza."

Os tiras disseram, "Um rapaz como você precisa de uma folga da polícia

Te pegamos por aquele serviço no motel e agora estamos conversando com seu amigo Bello

Agora,você não querter de voltar pra cadeia, seja um sujeito legal.

Você estará fazendo um favor a sociedade.

Aquele filho-da-puta é valente e está ficando cada vez mais.

Nós queremos botar o rabo dele pra fritar

Queremos pregar esse triplo assassinato nele

O cara não é nenhum cavalheiro"


Rubin podia apenas nocautear um cara com apenas um soco

Mas nunca gostou muito de falar sobre isso

"É meu trabalho", diria, "E eu o faço para ser pago

E quando isso termina, prefiro cair fora o mais rápido possível

Na direção de algum paraíso

Onde riachos de trutas correm e o ar é ótimo

E andar a cavalo ao longo de uma trilha."

Mas aí o levaram para a cadeia

Onde tentaram transformar um homem num rato.


Todas as cartas de Rubin já estavam marcadas

O julgamento foi um circo de porcos, ele não teve a menor chance.

O juiz fez das testemunhas de Rubin bêbados das favelas

E para os brancos que assistiam, ele era um vagabundo revolucionário

E para os negros, apenas mais um crioulo maluco.

Ninguém duvidava que ele tinha apertado o gatilho.

E embora não conseguissem produzir a arma,

O promotor público disse que era ele o responsável

E o juri, todos de brancos, concordou


Rubin Carter foi falsamente julgado

O crime foi de assassinato "em primeiro grau" adivinha quem testemunhou?

Bello e Bradley,e ambos mentiram descaradamente

E os jornais, todos pegaram uma carona nessa onda.

Como pode a vida de um homem desses

Ficar na palma da mão de algum tolo?

Vê-lo obviamente condenado numa armação

Não teve outro jeito a não ser me fazer sentir vergonha

De morar numa terra onde a justiça é um jogo.


Agora todos os criminosos em seus paletós e gravatas

Estão livres para beber martinis e assitir o sol nascer

enquanto Rubin fica sentado como Buda em uma cela de 3 metros

Um inocente num inferno vivo.

Essa é a história do Furacão,

Mas não terá terminado enquanto não limparem seu nome

E devolverem a ele o tempo que serviu.

Colocado numa cela de prisão, mas houve um tempo

Em que podia ter sido o campeão mundial.

---------------------------------////-------------------------

Fonte: <http://letras.terra.com.br/bob-dylan/11901/traducao.html>


Esta musica conta uma história real, que vocês já devem ter notado seus personagens.

Rubin Carter (Hurricane) foi preso em 1966, e libertado apenas em 1985, passando por longos 19 anos confinado em uma sela de prisão.

Patty Valentine, que Dylan cita varias vezes durante a musica, processou Dylan após o lançamento de “Desire”, álbum que contem a faixa “Hurricane”, escrita por Bob Dylan e Jacques Levy.

Sem mais palavras, ao estilo Bob Dylan, peço que vocês tirem suas próprias conclusões, e até o próximo post...