Páginas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

História do Rock (Parte 3) - Delta Blues

Bom dia passageiros do Day’s Musik, hoje a viagem longa porém de grande agrego cultural e histórico. Peço desculpas por não ter postado nada na quarta e quinta–feira, mas foi por não ter horas vagas mesmo, do contrário já teria dado continuidade a esse especial da “História do Rock”.

Bom, após postar um pouco da musica clássica onde muitos acreditam ser a base para o Rock N’ Roll, na postagem de hoje, vou lhes mostrar o caminho no qual eu acredito que o Rock veio, o “leite materno” do Rock N’ Roll, o Blues, não que seja a única influencia, mas sim a principal,

Não se tem por exato o ano em que o Blues passou a existir, mas acredita-se que tenha sido no fim do século XIX, e começou apenas com homens e mulheres negros que trabalhavam (escravos) nas colheitas de algodão no Estado do Mississipi (EUA), eram apenas cantigas que estes trabalhadores rurais cantavam enquanto trabalhavam, onde as letras eram sobre suas vidas sofridas, o trabalho ardo e cansativo, de baixíssimo retorno financeiro.

Mais tarde, já no inicio do século XX, o Blues passou a ser acompanhado de instrumentos musicais, e a ser não somente cantado nas colheitas, mas também em festas que os negros faziam, os instrumentos usados eram gaitas de boca diatônica (harmônica), violões comuns (Jumbo, Folk, etc.), dobros (violão que possui um resonator de metal na boca do instrumento, para dar um som metalizado, agudo e mais áspero) e violões cigarbox, estes últimos, que eram feitos com caixas de charutos usadas como corpo do instrumento. Os instrumentos de corda usados na época eram executados na maioria das vezes com o uso do bottleneck, que é um gargalo de garrafa apoiado no dedo para deslizar pelas cordas e fazer um som agudo e estridente, nos violões com resonator era usado lides de metal, para combinar melhor com o timbre do violão, mais tarde, esta técnica passou a ser usada por guitarristas de diversas vertentes musicais, não só no blues e no rock, mas também na musica indiana, egípcia, entre outras.

Os primeiros Bluesmen que se tem registro foi Henry Sloan, que ensinou Charley Patton, um negro com descendência Cherokee, a tocar violão, do qual só possui uma única foto e algumas gravações pelo selo Paramount em 1929.

Alem de Patton, os primeros Bluesman eram Son House, Leadbelly, Willie Brown, Leroy Carr, Blind Willie Johnson, Tommy Johnson, entre alguns outros.

Segundo reza a lenta, foi Son House quem ensinou o lendário Robert Johnson a técnica do bottleneck, antes de ele ter feito o suposto pacto, mas este é um assunto polêmico, porém, não ofuscado pelo sucesso de Robert, Son House tem várias gravações, algumas de sucesso, principalmente por volta dos 60 quando o encontraram e ele gravou mais discos.

Leadbelly é um grande Bluesman, e assim como todo bom Bluesman, suas musicas ainda resistem ao tempo, com varias regravações posteriores por músicos de Rock, musicas como “See See Rider”, “The House Of Rising Sun” e “Where Did You Sleep Last Night”, regravadas por músicos e bandas como Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, The Animals, Nirvana, entre outros.

Outro famoso bluesman desta época era Blind Willie Johnson, que flertava entre o gospel e oculto, devido sua criação calçada na religião cristã, e devido seus deslizes durante sua vida. Blind Willie na minha opinião é um dos melhores letristas desta época do Delta Blues, assim é chamado o Blues dos meados dos anos 30, o Blues primitivo dos campos de algodão da região do rio Mississipi.

Robert Johnson. Este nome dispensa apresentações

Os gaitistas foram começar a gravar mais tarde, já quando o Blues havia se mudado para Chicago, pois os campos do Mississipi eram pequenos demais para tamanho talento destes músicos, muitos deles que não tiveram o devido prestigio que mereciam, pois faleceram antes de seu estrelato, como, por exemplo, Robert Johnson, que fez um grandioso sucesso póstumo.

A parte 3 desta postagem fica por aqui, e quando sobrar um tempinho, talvez hoje, talvez amanha, talvez daqui alguns dias, eu dou continuidade com a parte 4.

Até a próxima postagem passageiros, vamos jogar mais lenha na fornalha que o trem precisa de combustível para suportar esta viagem longa aos primórdios do aniversariante da semana, o Rock and Roll...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

História do Grunge (Post Especial do Dia Mundial do Rock) (2° Parte)

Aqui a 2° Parte do post.

Agora vou começar a mostrar algumas das bandas que fizeram/fazem parte dessa cena totalmente doida, chamada de Grunge.

Alguns dizem que a primeira banda Grunge MESMO que surgiu na área, foi o Mr. Epp And The Calculations...



A banda foi formada em 1980 e lançou uma fita k7 e um EP 7", mas logo se separou em 1983 depois de vários shows cancelados e muita bagunça, já que o Mr. Epp foi considerado na época "A Pior Banda do Mundo" (Segundo um jornal local, claro). Enfim, o principal integrante da banda, Mark Arm, entraria no The Limp Richerds por algumas semanas, logo depois se juntando aos integrantes do Pearl Jam, Stone Gossard, Jeff Ament com Alex Vincent para formar o Green River.



Na mesma época do Green River e do Mr. Epp (Entre 1980-1984), surgiu outras bandas, como:

Soundgarden (Seattle, Washington)



Melvins (Que começou como uma banda de Hardcore Punk) (Aberdeen, Washington)



Malfunkshun (Bainbridge Island, Washington)



Dentre muitas outras.

Logo, essas bandas começaram a construir e a concretizar seu movimento, graças as gravadoras independentes Sub Pop, C/Z, Estrus, EMpTy e PopLlama. E logo mais e mais bandas surgiam nesse movimento durante 1985 adiante, entre elas:

Skin Yard (Seattle, Washington)



Screaming Trees (Ellensburg, Washington)



Fecal Matter (Aberdeen, Washington) (Essa, por sinal, foi a primeira banda de um cara que vocês conhecem muito bem: Kurt Cobain)



Alice in Chains (Seattle, Washington) (Que no começo, se chamava Diamond Lie e tinha um som meio glamouroso)



Mudhoney (Seattle, Washington) (Essa foi formada logo depois do Green River ter acabado)



Dentre outros, pois como eu disse, são realmente muitas bandas. Mas foi com essa aqui que aconteceu o inesperado em 1991:



É, os fãs de Grunge se lembram e muito dessa música... Smells Like Teen Spirit, Faixa 1 do álbum Nevermind de 1991, do Nirvana. Logo, outras entraram no vagão do sucesso depois do Nirvana, como:

Pearl Jam



Alice in Chains (Que deixou o som glamouroso dos anos 80 e ficou assim...)



Soundgarden (Que ficou menos Hardcore e mais Heavy Metal, sem falar que foi a primeira banda a assinar contrato com uma grande gravadora)



Sem mencionar outras bandas de outros estados que tinham um som parecido na época ou que acompanharam o movimento fielmente, como:

Stone Temple Pilots



Smashing Pumpkins (Principalmente nos dois primeiros álbuns)



L7 (Essa banda de Los Angeles foi uma das primeiras bandas Grunge a surgir fora da área de Seattle, no ano de 1985)



Enfim... o Grunge daria o seu último dia de vida no mainstream em 8 de Abril de 1994, com o suicídio de Kurt Cobain, líder do Nirvana. Mas a merda já estava espalhada mesmo, pois a cada canto do mundo, pipocava uma banda "Grunge" com a mesma proposta de som ou que busca as bandas do movimento de Seattle e arredores como influências (Leia nessa última linha: Bandas Post-Grunge). Algumas bandas do movimento original continuaram na ativa, como o Pearl Jam e o Mudhoney. O Soundgarden encerrou as atividades em 1997, mas retornou a ativa em 2010 e estão planejando a gravação de um novo álbum. Outras bandas, como o Stone Temple Pilots e o Smashing Pumpkins, mudaram seu som logo após a onda do Grunge ter atingido a areia da praia e retornado aos mares (se é que você me entende, rs). O Screaming Trees (uma das bandas mencionadas anteriormente e uma das veteranas do movimento) encerrou as atividades em 2000 e nunca mais deu sinal de vida, devido a seu vocalista, Mark Lanegan, ter mergulhado totalmente em sua carreira solo e não demonstrar mais interesse na banda.

Hoje, com essa merda de Happy Rock no Brasil (Restart e afins) o Brasil precisa de algo impactante como o movimento Grunge dos anos 80 e 90 para chutar a bunda deles de uma vez, pois acho que vai acontecer como o Rock chegou aqui: Com 15, 20 anos de atraso.

Portanto, você, fã de Grunge, não fique apenas sentado com a sua bunda magra ou gorda na frente do teu PC. Forme uma banda com seus amigos, faça seu som, grave algo para divulgar e faça shows. Assim, quem sabe você não colabora um pouco com o movimento "Grunge Brasileiro", hein!?! Pois é disso que o Brasil precisa, na minha opinião.

Enfim, estou indo embora e voltarei a rotina normal aqui no post, sempre mostrando uma banda interessante de Grunge/Post-Grunge e/ou alternativa que ninguém ouve/ouviu.

Até o próximo post!

História do Grunge (Post Especial do Dia Mundial do Rock) (1° Parte)

Eu fiquei sem postar durante alguns dias e peço perdão por isso, pois estava preparando esse post especial para esse dia tão especial: 13/07! O Dia Mundial do Rock! Dia de você fazer mosh pit, saltar da platéia, pegar a sua guitarra e tocá-la até arrebentar as cordas, etc...

Bom, vamos começar então, falando do gênero/movimento/sei lá o quê chamado de Grunge, ou conhecido como Seattle Sound também, movimento/gênero/sloq que comecei a ouvir em 2005, 2006...

O Grunge emergiu nos anos 80 no estado de Washington, a noroeste dos Estados Unidos, mais exatamente, em Seattle e arredores. O chamado "Som Grunge" é inspirado no Hardcore Punk, no Heavy Metal, no Punk Rock e no Indie Rock, imagine a mistura disso tudo...

Sim, um som particularmente caracterizado por guitarras pesadas e extremamente distorcidas, letras sobre a angústia e a raiva que os jovens rebeldes sentem sobre a sociedade, sons cheios de feedback (aquela microfonia que você faz na guitarra, rs.) e fuzz (quem usa pedais desse tipo vai saber o que é.)... Porém, as bandas Grunge são um pouco diferentes do Punk Rock legítimo, pois as músicas são um pouco mais complexas (Devido a influência do Heavy Metal) e lentas, mas o som rasgado e letras protestantes fazem parte de seus lados Punk. É praticamente, um distúrbio bipolar sonoro, rs.

Enfim, as primeiras bandas desse tipo surgiram no cenário entre o começo e o meio dos anos 80, influênciados principalmente pelo cenário Punk Rock/Hardcore Punk local, com bandas como:

The Fartz



The U-Men



The Accüsed



Fastbacks



E 10 Minute Warning



Além disso, o Grunge também foi influênciado por muitas bandas do gênero Rock Alternativo da região Nordeste dos Estados Unidos, como:

Pixies



Sonic Youth (Que foi o que mais influenciou toda essa geração)



Dinosaur Jr.



Entre outras.

Durante este tempo no underground, um outro gênero de Rock Alternativo chamado de Noise Rock também teve muita influência no Grunge, de bandas como:

Killdozer (De Madison, Wisconsin)



E Flipper (São Francisco, California)



A banda alternativa Butthole Surfers também teve grande influência no Grunge, principalmente pela fusão de Heavy Metal, Punk Rock e Noise Rock que faziam na época.



Algumas bandas do movimento chegaram a ser influênciadas pelo Heavy Metal clássico dos anos 70, como Black Sabbath e Led Zeppelin (Que são as mais evidentes).

Um dos álbuns que influênciou e muito o movimento Grunge foi o My War, álbum da banda Punk Black Flag, lançado em 1984, álbum esse que caracteriza e muito o movimento, pois era uma fusão de Punk Rock e Heavy Metal em um som bem mais lento que o do último álbum deles, Damaged, de 1981. Há boatos de que o Hard Rocker Caipira Neil Young também influênciou o Grunge, sendo chamado na mídia de "The Godfather of Grunge" (Ou Padrinho do Grunge) devido a Young usar bastante distorcão na sua guitarra. Isso fica mais evidente em seus trabalhos com a banda The Crazy Horse e em seu álbum ao vivo Rust Never Sleeps, lançado em 1979. Outro igualmente influênte mas não muito lembrado é o Redd Kross, uma banda de Indie Rock/Punk Rock de Hawthorne, interior da California. Com seu álbum Neurotica de 1987, ajudou a botar a cereja suja no bolo sujo, se é que você me entende, rs.

terça-feira, 12 de julho de 2011

História do Rock (Parte 2) - Niccolo Paganini - Caprice Nº 24

Continuando a falar de Musica Clássica e o berço do Rock, outro musico que é considerado um dos fundadores do Rock é o italiano Niccolo Paganini, músico barroco, este que já possuía uma postura mais oculta, o que eu acho que era pura inveja dos outros meros mortais, pois Paganini dominava seu violino de forma magnífica, e para todos os outros trouxas que não conseguiam fazer o que ele fazia, o julgavam como o endemoniado, ou diziam que ele tinha pacto com o capeta, uma desculpa comum para quem não conseguia fazer nem metade das acrobacias virtuosas de Paganini, que é considerado por muitos o "Hendrix" no violino.
Niccolo Paganini tinha cabelos compridos, trajado de roupas apertadas, tinha seu lado obscuro, e como a grande maioria dos Rockstars, teve uma vida de excessos, viciado em jogo, e visto como um homem cruel, acredito eu que devido a sua aparência extremamente magra e também a sua fortuna, pois ele era o musico mais rico da época.
Pouco antes de sua morte, Paganini passou a praticar além do violino, violão, e compôs algumas musicas com o instrumento, uma delas que é o mérito desta postagem, executado por uma desconhecida mulher de aparência asiática.


"Caprice Nº 24" é uma musica complexa, característica do estilo Barroco, com arpegios e acordes extremamente calculados e de difícil execução, e nota-se a semelhança com o Heavy Metal, os mais melódicos no caso, que utilizam destes acordes e arpegios em suas musicas.
Na minha opinião, o caso de Paganini é o mesmo de Wagner, se levar em consideração que Paganini é uma grande influencia para músicos como Yngwie Malmsteen, Jason Becker, entre outros músicos que utilizam do gênero intitulado Neoclássico, calçado na musica clássica, Barroca mais precisamente.
A postagem continua, até breve...

História do Rock (Parte 1) - Richard Wagner - Ride Of The Walkyries

Bom dia visitantes do Day's Musik.
Eu fiquei sem postar durante alguns dias pois estava preparando algo especial para a semana do Dia Mundial do Rock, e é sobre a história do Rock que vou tentar prosseguir com esta postagem, pois é bem difícil falar de um gênero musical tão amplo quanto é o Rock and Roll, já vi até muitos tentarem contar a história e falarem muita bobagem, isso tem de monte, mas o que vou tentar resgatar são os primórdios deste gênero que perdura por tantos anos e acredito eu que será eterno.
O início pode até parecer complicado, pois de um lado, pessoas dizem que o Rock se iniciou calçado no Blues, que é onde eu acredito ser realmente o berço do gênero, e de outro lado, dizem que o Rock já existia desde as obras do músico alemão Richard Wagner, por meados do Século 19, pois Wagner adotava em suas composições de musica clássica uma obra orquestrada, pesada e com poder, destacando os famosos Cellos que preenchiam suas obras, e também o fato de que o nazismo, segundo a lenda, foi inspirado por Wagner, devido a seus ensaios Antissemitas (dic.: Inimigo da raça semítica, especialmente dos Judeus), mas prefiro não continuar com este assunto, até porque, fica a critério de quem realmente conhece Richard Wagner, mas para constar o quanto há semelhança nas musicas de Wagner com o Rock, mas precisamente o Heavy Metal, vou postar um de seus clássicos, e também darei minha opinião sobre o assunto:


Bom, eu não concordo muito com o fato de Wagner ser considerado um dos pioneiros no Rock, pois pra mim sua musica me lembra o Heavy Metal, que é posterior ao Rock and Roll de Chuck Berry e cia. então ao meu ver, Wagner foi usado como base para os músicos do século 20 para criarem o Heavy Metal, mas não que Wagner já fosse Metal, mas sim que teve elementos copiados para que fosse aglomerados ao Rock já existente para que tivesse está cara e peso que o Heavy Metal tem hoje, sem mais delongas, esta é apenas minha atual opinião, fica a quem discordar, argumentar através de comentários, quem sabe isso altere meu ponto de vista, fica a dica.
Porém, como minha intenção é agradar a gregos e troianos, vou começar a falar de Rock citanto a musica clássica na introdução, até chegar ao início do século 20 para poder falar do estilo musical que eu acredito ser o Pai do Rock, o Blues.
O post continua, até mais...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Grey Daze - Starting To Fly

Não estou lá com muita inspiração, infelizmente... Mas vamos lá. Uma banda Post-Grunge dos anos 90 (E uma das não tão conhecidas pelo público, apenas por alguns fãs xiitas de uma banda de Nu-Metal que ficou muito famosa no começo dos anos 2000, rs).



Uma ofuscação cinzenta... Ou Grey Daze, se preferir. A banda de Post-Grunge se formou em 1991 em Phoenix, no Arizona, pelos integrantes Sean Dowdell (Bateria) e ninguém mais, ninguém menos que Chester Bennington (Vocal), que anos mais tarde entraria na formação do Linkin Park. No começo, a banda era conhecida como Sean Dowdell And His Friends, e com esse nome, a banda lançou uma demo em 1993. No começo, Chris Goad assumia o posto de guitarrista e Jason Cekoric ficava como o baixista. Mas ambos saíram da banda logo após a mesma ter mudado seu nome para Grey Daze e em seus lugares, o guitarrista Jason Barnes e o baixista Jonathan Krause entram. Com essa formação, o Grey Daze grava seu primeiro álbum, chamado de Wake Me, e o lança em 1994.

Depois de muitos shows pelo circuito underground, Barnes e Krause saem da banda e entram em seus lugares o guitarrista Bobby Benish e o baixista Mace Beyers. Com essa formação, a banda grava mais um álbum: ...No Sun Today, lançado em 1997. Mas em 1998, a banda decide se separar. Chester, o vocalista, entra na banda Linkin Park (Que na época, se chamava Xero) enquanto que os integrantes restantes do Grey Daze decidem formar outra banda: Waterface, se juntando a uma mulher chamada Jodi Wendt, que assume o posto de vocalista. O Waterface lançou apenas um álbum: Seven Days, em 2000. Mas a banda se separa no ano seguinte.

É incrível como Chester Bennington tinha sua própria banda antes de entrar no Linkin Park... Mas a banda é ótima e eles não deveriam ter se separado, deveriam ter continuado a carreira. (Eu não sou lá muito fã de Linkin Park agora, mas admito que já fui fã de carteirinha na minha pré-adolescência, rs)

Enfim, o Grey Daze é uma banda foda! Procurem pelos seus dois álbuns. Apesar de ser difícil de achar pra comprar (tanto o Wake Me quanto o ...No Sun Today) é fácil de achar os dois pra download, portanto, procure.

Vou indo nessa, até o próximo post!

Pride & Glory - Losin' Your Mind

Bom dia a todos os visitantes do Day's Musik.
Todos que se dizem headbangers ou metalheads conhecem o legado de Zakk Wylde, que na minha opinião, é o melhor guitarrista de Heavy Metal, Thrash Metal, Metal apenas ou qualquer ramificação do gênero que parte dos anos 80, é claro que não vou menosprezar ninguém, pois alem de Zakk, o Heavy Metal tem uma lista extremamente extensa de bons guitarristas, como Dimebag Darrel, Dave Murray, Adrian Smith, Randy Rhodes, Janick Gers, Kirk Hammet, Kerry King, Yngwie Malmsteen, Alexy Laiho, Tommi Iommi, Karl Logan, Marty Friedman, entre muitos outros, mas mesmo com esse time já citado, meu favorito ainda é Zakk, e vocês logo saberão o porque.
Zakk Wylde foi durante muitos anos o garoto prodígio de Ozzy Osbourne, e foi recrutado para a banda logo após a saida de Jake E. Lee que havia substituído o grande ídolo de todos os fãs da carreira solo de Ozzy, o falecido Randy Rhodes, que unia o Erudito ao Heavy Metal e assim se tornou um dos melhores guitarristas que já existiu na história (tarefa difícil para Jake substituir Randy não é ?), e Zakk tem Randy como uma das principais influencias.
Após Zakk entrar para o Ozzy e gravar grandes álbuns, e após a turne do disco "No More Tears" em 1992, Zakk sai da banda de Ozzy para gravar o projeto paralelo com a banda Pride & Glory, que talvez tenha sido um pontapé inicial para a formação do futuro Black Label Society.
Pride & Glory tem uma sonoridade de um Southern Rock potente aliado a um Heavy Metal pesado e coeso com levadas de Blues, carregadas de chicken-picking em alta velocidade e slides com uma voracidade que já tinha sido apresentada em "No More Tears".
"Losin' Your Mind" abre o disco do projeto Pride & Glory, com uma introdução perfeita de um banjo soando os riffs da musica, logo entra a banda, as guitarras afinadas em Drop D e os vocais graves e que já davam a Zakk a presença de frontman que ele necessitava para fundar sua própria banda. Mais pro meio da musica, Zakk mostra sua cara inconfundível no solo, com seu wahwah comendo solto e junto com todo o peso, velocidade e brutalidade dos licks característicos do Mr. Wylde, mostrando mais um de seus pontos altos em sua carreira.


O disco "Pride & Glory" mostra um pouco do que estava pra vir, e não falo apenas do Black Label Society, mas simda carreira solo de Zakk Wylde com o disco "Book of Shadows", que prometo a vocês que trarei futuramente ao Day's Musik.
Até o próximo post galera, fui...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Roadhouse Blues - Creed & Robbie Krieger/The Doors

Aqui estou eu, em mais um post. Pensei em mostrar mais uma música de uma banda Grunge/Post-Grunge que quase ninguém ouve, mas em vez disso, vou mostrar essa cover.





Não há muito o que comentar sobre a versão original, além de que Roadhouse Blues é uma música dos The Doors, e é a Faixa 1 do álbum Morrison Hotel (Que as vezes é chamado de Hard Rock Cafe) de 1970. Além de ser uma música genial. (E parte de sua biografia eu já expliquei em outro post, rs.)

Agora, já a outra banda é bem conhecida pelo público fã de Post-Grunge dos anos 1990 e 2000. É o Creed, uma das bandas Post-Grunge mais famosas do mundo. A banda deu seu primeiro sinal de vida em 1993 em Tallahassee, estado da Florida, pelos integrantes Scott Stapp (Vocalista) e Mark Tremonti (Guitarrista). Para completar a formação da banda, entra o Baixista Brian Marshall e o Baterista Scott Phillips. Na época, a banda se chamava Naked Toddler, mas mudou seu nome para Creed por sugestão do Baixista Marshall, devido a uma banda que encerrou as atividades chamada Maddox Creed, na qual ele fazia parte. Com três álbuns (My Own Prison, 1997; Human Clay, 1999; Weathered, 2001) a banda conseguiu inúmeros singles que foram hits (With Arms Wide Open, Don't Stop Dancing e What's This Life For são ótimos exemplos). E em 2009, a banda lançou seu quarto álbum chamado de Full Circle e há planos para um novo single para 2011 e um novo álbum pra 2012, quem sabe...

Enfim, a cover da banda de Roadhouse Blues não entrou em nenhum álbum oficial do quarteto da Florida, mas já foi tocada algumas vezes ao vivo. Dois belos exemplos são desse vídeo aí da cover, junto com o guitarrista do The Doors, Robbie Krieger ao vivo em Roma, na Itália, em 1999 e outra versão não muito diferente que foi tocada no famoso festival Woodstock, em 1999, também com Krieger. (Festival esse que marcaria pra sempre a história do mundo da música e você, fã de rock sabe o por que, não é preciso explicar...)

Podem dizer o quanto quiser do Creed, mas eles merecem meu respeito, por mais que o vocalista Scott Stapp copie o Eddie Vedder, do Pearl Jam. O Creed também tocou outro clássico dos Doors no mesmo festival Woodstock: Riders On The Storm (Do álbum L.A. Woman de 1971, Faixa 5) para a coletânea Stoned Immaculate: The Music Of The Doors (Faixa 2) e também contou com a participação de Robbie Krieger.

Enfim, você, fã de Grunge xiita, deve ter ficado um pouco decepcionado, mas não se preocupe. Mostrarei outra versão dessa mesma música feita por uma banda Grunge no meu próximo post, portanto, até lá, rs!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pink Floyd - Seamus / Mademoiselle Nobs

Boa noite passageiros do Day's Musik, após um tempo sem postar Blues, resolvi trazer um diferente, executado pelo Pink Floyd.
Sim, Pink Floyd tocando Blues, qual é o espanto? Para vocês que estão acostumados com "Another Brick de Wall" ou outras faixas mais conhecidas dos Floyd, ou talvez dos anos com Syd Barret, saibam, que no disco Meddle em 1971 foi lançada "Seamus", um blues curto, utilizando a progressão de acordes do 12 Bar Blues (também conhecido como Blues de 12 compassos), com letra pequena de apenas 6 frases, cantado por David Gilmour e o cão esganiçado do qual seu nome é titulo da musica, acompanhado de um violão, um baixo , um piano e uma harmônica.


Mais tarde, nas cenas do "Pink Floyd Live At Pompeii", "Seamus" é executada, porem numa versão diferente, com exclusão da letra, Gilmour tocando harmônica, Roger Waters na guitarra e uma fêmea de raça Wolfhound chamada Nobs, que uiva durante a musica em um microfone segurando por Richard Wright, e assim a faixa é re-titulada "Mademoiselle Nobs" (Senhorita Nobs).
Ouvi dizer que o tecladista dos Floyd, Richard Wright, é o dono da Nobs, mas não é um fato comprovado, segundo a Wikipédia, diz que ela era de uma tal de Madona Bouglione , mas com não confio nem na fonte que diz ser de Wright e nem na Wikipédia, então a curiosidade fica por aqui.


Eu particularmente gosto mais de "Mademoiselle Nobs" do que "Seamus", mas ai vai de cada um decidir sua favorita.
A postagem fica por aqui, e até a proxima viagem do trem cargueiro...

OBS: Quanto eu era criança, eu tinha uma cachorra da raça Fila, seu nome era Luma, e quando eu tocava uma gaitinha simples de R$1,99 apenas como diversão, essa minha cachorra também uivava, mas com um uivo meio melancólico, que mais parecia um choro agonizante, na época eu não entendia, mas hoje acredito que consigo compreender, de uma forma filosófica talvez, o porque Luma chorava.

Living Colour - Glamour Boys

Bom, neste post na qual eu escrevo agora, vou mostrar o por que não sou lá tão fã das bandas de Hard Rock dos anos 80 (Ou o que chamam de Hard Rock Farofa...)



Meus caros, este é o Living Colour. A banda surgiu em 1984 na cidade de New York pelo inglês (sim, da Inglaterra) Vermon Reid (Guitarra). Logo se formou uma estável formação com Corey Glover (Vocalista), Muzz Skillings (Baixo) e Will Calhoun (Baterista). A banda faz uma mistura de Free Jazz, Funk (o das antigas, não a putaria conhecida como Funk Carioca), Hard Rock e Heavy Metal, sendo um dos precursores de um dos estilos de rock alternativo mais conhecidos nos anos 90 (só que ficou famoso por causa de outra banda, rs.): O Funk Metal.

Glamour Boys é a faixa 9 do primeiro álbum dos neguinhos de New York, chamado de Vivid e lançado em 1988, mas essa música foi só um de seus hits. O que levou a banda ao estrelato foi a música Cult Of Personality (Faixa 1 do mesmo álbum). Enfim, a banda lançou mais alguns álbuns (Time's Up, 1990; Stain, 1993; Collideøscope, 2003; The Chair In The Doorway, 2009) e ainda faz seus shows regularmente pelo mundo.

Agora, vou explicar o por que não sou tão fã assim dos Hard Rockers dos anos 80 e suas músicas sem criatividade e feeling alguma (Claro, é apenas minha opinião, não fique ofendido.)

Garotos Sedutores

Os garotos sedutores juram que são uma diva
Os garotos sedutores tem tudo sob controle.
Sempre dançando sempre rindo
Os garotos sedutores estão jogando papel

Os garotos sedutores nunca não tem dinheiro
Os garotos sedutores vestem as roupas mais caras
Os garotos sedutores estão sempre nas festas
Quando o dinheiro vem do céu só conhece

Eu não sou nenhum garoto sedutor, eu sou forte!
Eu não sou nenhum garoto sedutor
Eu não sou nenhum garoto sedutor, eu sou forte!
Eu não sou nenhum garoto sedutor

Os garotos sedutores vivem a sua ambição
Os garotos sedutores tem tudo planejado
Uma posição muito, muito duvidosa
Quando você não tem influência

A vida dos garotos sedutores é uma aposta
Eles podem passar por cima ou cair horizontalmente em sua cara
Mas se alguém fizer, não há necessidade de se preocupar
Outros garotos sedutores vão tomar o seu lugar

Eu não sou nenhum garoto sedutor, eu sou forte!
Eu não sou nenhum garoto sedutor
Eu não sou nenhum garoto sedutor, eu sou forte!
Eu não sou nenhum garoto sedutor

Os garotos sedutores não pensam no amanhã
Os garotos sedutores só precisam de jogar hoje à noite
Mas assim como coisas que não podem pagar a crédito
Alcançam o limite e você tem que pagar

Os garotos sedutores estão sempre na lista de convidados
Você sempre vai encontrá-los em locais mais quentes da cidade
Eles serão os seus amigos, se você tem fama ou fortuna
Se você não é, eles irão pendurá-lo

Eu não sou nenhum garoto sedutor, eu sou forte!
Eu não sou nenhum garoto sedutor
Eu não sou nenhum garoto sedutor, eu sou forte!
Eu não sou nenhum garoto sedutor

Yeah, yeah

Eu não sou nenhum garoto sedutor, eu sou forte!
Eu não sou nenhum garoto sedutor
Eu não sou nenhum garoto sedutor, eu sou forte!
Eu não sou nenhum garoto sedutor

Não, não

Que quer dizer o meu crédito não é bom?

Ta aí. Glamour Boys explica realmente o quão falso é os riquinhos de hoje. (mas na época da música, quem era os riquinhos? Os Hard Rockers Farofões dos anos 80, claro.) Então parece que descobri que não eram só os Grunges que queriam dizer "CHEGA E VÃO TOMAR NO CU" a essas glamourosas, parece que tinha gente bem mais indignada antes.

Enfim, até o próximo post e não fique ofendido, Hard Rocker Farofa... rs

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cop Killer - Soundgarden/Body Count

Já faz um bom tempo que eu não mostro nenhuma música cover, não é? Pois bem, degustem essas músicas aqui.





Uma cover bem inusitada, não? Pois então, vamos falar de ambas as bandas.

Uma é o Soundgarden. Banda Grunge de Seattle, Washington, formada em 1984 pelo futuro famosíssimo vocalista Chris Cornell, guitarrista Kim Thayil, baixista Hiro Yamamoto (que mais tarde, seria substituido pelo Jason Everman, que por sua vez, foi substituido pelo Ben Shepherd) e o baterista Scott Sundquist (que seria substituido algum tempo depois por Matt Cameron). A banda se tornou muito conhecida na cena, por ser a primeira banda Grunge a assinar com uma grande gravadora (A&M Records, 1989) e também por ter conseguido sucesso um pouco mais cedo, pois a banda estava abrindo os shows da então famosíssima banda de Hard Rock Guns 'n' Roses. O som do Soundgarden é um híbrido do Grunge com o Heavy Metal dos anos 70, a lá Black Sabbath (Com o Ozzy, claro) e Led Zeppelin, sendo uma influência e tanto para um estilo de rock que acompanhou o Grunge nos anos 90 chamado de Stoner (seja lá Stoner Rock ou Stoner Metal, na minha opinião, Soundgarden influênciou e muito ambos).

Agora, o outro lado da moeda: Body Count! Não sei exatamente como classificá-la, talvez uma mistura do Thrash Metal/Crossover com o Hip Hop, ou algo do gênero. Um Rage Against The Machine, só que bem mais puxado pro Heavy Metal e mais Gangsta, rs. Enfim, deixando os rótulos a parte, o Body Count foi formado em 1990 em Los Angeles, California pelo rapper Ice-T, que é o vocalista. Logo entra os integrantes Ernie C (Guitarra Solo), Mooseman (Baixo), Beatmaster V (Bateria) e D-Roc the Executioner (Guitarra Rítmica). A banda foi uma das responsáveis por fazer o caminho de bandas Rap-Metal (ou Nu-Metal, se preferir), porém, Ice-T não faz vocais de rap nas músicas do Body Count, sendo que o mesmo considera essa banda uma banda de rock, literalmente.

Enfim, a cover é bem inusitada. Mas não posso dizer muito, já que sou meio suspeito pra falar do Body Count, mas o Soundgarden eu curto muito! Enfim, tirem suas próprias conclusões e até o próximo post!

Jimi Hendrix / Robert Plant & The Strange Sensation - Hey Joe

Bom dia a todos, hoje trouxe como sugestão para se ouvir um clássico da musica popular mundial, "Hey Joe", em duas versões.
Acredito eu que a maioria não saiba, mas o caso de quem compôs "Hey Joe" é uma tremenda bola de neve, que durou anos até que os direitos da musica foram registrados para Billy Roberts, um compositor e musico estadunidense, porém, esta escolha da justiça ainda gera controvérsias, onde, na minha opinião, este tesouro da musica mundial deveria ser um patrimônio da Unesco, juntamente com as "7 Maravilhas do Mundo" criadas pelo homem.
Mas como viram, não foi Jimi Hendrix o autor da obra, mas sim, o cara em que a tornou mundialmente conhecida, pois este cover foi lançado em seu primeiro disco "Are You Experienced?" com a banda The Jimi Hendrix Experience em 1967, e fez um tremendo sucesso no Reino Unido e também foi a musica em que encerrou o Festival de Woodstock de 1969.
Após o lançamento de seu primeiro disco, Hendrix ensinou a todos da época a como se tocar guitarra, e foi marco na história da musica, do tipo AH/DH (antes de Hendrix/depois de Hendrix), onde todos tiveram de se reinventar para a nova era de guitarristas e também de bandas de rock que surgiriam após a reinvenção do modo de se tocar guitarra.
Então, acho que não preciso mais falar sobre o que Hendrix representou para o mundo, até porque, toda pessoa que gosta de boa musica deve tomar ciência de tamanho fato histórico, e não apenas os rockeiros ou guitarristas. E se você ainda acha que Hendrix é um péssimo guitarrista, ou que sua musica é paia (algo que já vi muito rockeiro poser dizer), te digo uma coisa: VÁ LÁ E FAZ MELHOR SEU FILHO DA P...TA.


Hoje, procurando vídeos do Hendrix, achei esta versão da musica que eu não conhecia, do Robert Plant com sua banda de apoio The Strange Sensation, a mesma banda de apoio de quando Plant se juntou com Jimmy Page anos após o fim do Led Zeppelin. Eu já conhecia a versão de "Hey Joe" do Led Zeppelin ao vivo, num áudio de baixa qualidade, tambem a do Band of Joy, a atual banda do Plant.
O que me chamou atenção nesta versão, é a psicodelia e o misticismo combinados ao Rock n' Roll, com os vocais impecáveis de Robert Plant, que apesar da idade, continua com a mesma perfeição de quando cantava na década de 70.


Bom, ainda confesso que a versão do Hendrix me agrada mais, porem está do Robert Plant & The Strange Sensation gravada em 2005 é também muito boa.
Minha postagem fica por aqui, até a próxima ...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Monaural - De Nada

Você acha que só no exterior tem bandas Grunge? Você se engana. Há bandas Grunge brasileiras aqui também!



Meus caros, esse é o Monaural. Surgiu em 2003 na Zona Leste de São Paulo. Não há muito o que comentar sobre o som de Ayuso (Guitarra e vocal) Herik (Bateria) e uma série de baixistas na qual me fugiram os nomes agora... Só se pode dizer que é simplesmente foda!

A banda tem alguns EP's lançados (Monaural, 2003; Farsa, 2005) e um álbum (Expurgo, 2009) além de dois bootlegs: Um ao vivo e oficial chamado Som & Fúria (2010) e um EP não-oficial chamado Montanhas de Papel com Manequim (2011). Mas infelizmente, a banda não existe mais, acabou em 2010. Ayuso formou uma banda de Post-Hardcore chamada Mandíbula enquanto que os outros integrantes, não sei o que estão fazendo.

Enfim, é fácil achar todos esses materiais da banda pra download, basta procurar. Assim como pra comprar também, mas apenas pra alguns lançamentos. Até o próximo post!

Blindagem - Oração De Um Suicida

Good morning passengers, hoje lhes trago mais uma musica nacional, de uma das minhas bandas favoritas, aqui mesmo da capital paranaense, a jurássica banda do fim dos anos 70, Blindagem, que é nada mais nada menos que a cara do rock paranaense.
Não vou falar muito sobre a história do Blindagem, pois em seu site já esta tudo muito bem explicado, apenas o que tenho a dizer, é que Blindagem é, e acredito que sempre será, a banda mais importante do cenário musical do Estado, uma das pioneiras a fazer Rock N' Roll por aqui e esquentar, informar e divertir o público da fria Curitiba, com suas letras marcantes, algumas com temas polêmicos, românticos ou apenas falando das belezas naturais de nosso Paraná, junto com o grande poeta e escritor Paulo Leminski, o nosso querido "Cachorro Louco", Ivo Rodrigues e a banda compuseram musicas de grande carácter cultural ao longo de várias reuniões para a bebedeira.
"Oração de um suicida" está presente no primeiro disco da banda, intitulado "Blindagem", gravado pela gravado pela Continental em 1981, esta musica foi composta pelo falecido Paulo Leminski em parceria com seu único irmão, Pedro Leminski. Um fato curioso é que Pedro Leminski, que participou da composição de "Oração de um suicida", suicidou-se em 1986, o que fez com que Paulo Leminski se afundasse mais ainda no alcoolismo, separando de sua esposa e que mais tarde em 1989, Paulo viria a falecer de cirrose hepática.
A letra da composição é na minha opinião, uma das melhores que já li, e fica até mesmo difícil realçar algum ponto em especial, pois a letra inteira, apesar de serem apenas quatro estrofes, são muito bem pensadas, mas gosto da parte onde Leminski faz uma metáfora entre um cogumelo e a fumaça que surge após uma bomba atômica, que possui um formado realmente parecido ao de um cogumelo.


Este video é de 2007 das gravações do show "Rock em Concerto" no Teatro Guaíra junto à Orquestra Sinfônica do Paraná, que em 2008 virou DVD.
Segue a letra da musica para os interessados:

Vejo nos teus olhos tão profundo
as durezas que este mundo
te deu pra carregar
vejo também, que sentes que tem
amor, para dar

Perdi-me na vida
achei-me nos sonhos
a vida que levo
não é a que quero,
não quero mais nada

Quando a terra se acabar
você vai chorar não adianta mais
vendo esta terra não compensa
rezando na presença
de um gigante cogumelo

Teu retrato é poeira
luminosa, nebulosa
brilha tanto e ninguém vê
era um mundo tão bonito
caprichado de milagres
Deus gostava de florir

---------------------------------////-------------------------------

Até o próximo post, e o trem fica por aqui. Fui...

domingo, 3 de julho de 2011

Roda Morta - Sérgio Sampaio

Resolvi resgatar, das profundezas da nossa pátria, um músico esquecido, Sérgio Sampaio (1947-1996).


Foi um compositor e cantor, que passou por vários estilos, desde os folclóricos samba e choro até o rock, blues e balada. É uma música rica e inteligente, que por algum motivo não recebeu todo o respeito e reconhecimento que devia ter recebido. Há aqueles que dizem que ele é do mesmo nível de Raul Seixas e Tim Maia, quando se trata de importância para nossa música, e que os três formam a tríade dos malditos da mesma, devido ao modernismo um tanto agressivo de suas obras. É inegável a fama e o reconhecimento de Tim Maia e Raul Seixas hoje no Brasil, e é justamente por isso, que é curioso o fato de Sérgio Sampaio não ser lembrado também, sendo que sua música é de equiparável qualidade a destes que são tão aclamados.

A música que escolhi para apresentá-lo é Roda Morta, com a letra claramente inspirada nas obras do escritor austro-húngaro (de língua alemã) Franz Kafka. Expressa o desgosto do cantor para com a sociedade urbana moderna, na qual ele mesmo estava inserido.